sábado, 23 de junho de 2012

Livro infantil em Braille terá lançamento em Campinas e Paulínia




Idealizado pela produtora cultural Silvia Maria Track, da Track&Marketing, e viabilizado pela Lei Rouanet de incentivo cultural, com apoio da Merial Saúde Animal Ltda, o livro infantil "Apito apitô, pito pitô", de João Proteti, com ilustrações de André Ceolin, terá lançamento nesta quarta (20), em Campinas (às 9h30, na sede da Pró-Visão) e em Paulínia (às 14h30, na EMEF Prof. Dr. José Dalmo Fairbanks Belfort de Mattos).

Com tiragem inicial de três mil exemplares, o livro tem impressão convencional e também traz como diferencial a transcrição do texto em Braille, realizada pela gráfica da Pró-Visão – Sociedade Campineira de Atendimento ao Deficiente Visual, a única no interior de São Paulo a dispor de equipamentos para essa modalidade de impressão. A obra terá distribuição gratuita para alunos da rede pública de Paulínia e para crianças atendidas pela Pró-Visão.

Voltado a leitores na faixa etária de 6 a 10 anos, "Apito apitô, pito pitô" é um poema escrito com lirismo e humor sobre o que acontece num dia no sítio. O sol nasce e faz o galo apitar e todo o desenrolar que isto provoca revela o harmonioso e divertido convívio dos animais domesticados com o ser humano.

“O livro narra uma estória que se passa lá na roça, longe da urbanidade, onde humanos criam diversas espécies de animais, os chamados animais domésticos. O apito da história é o cocoricó do galo acordando o dia. O galo se empolga e vai cantando cada vez mais alto e vai acordando toda a bicharada. E de tanta empolgação acaba acordando até o humano. Aí é que entra o pito (que nós das cidades chamamos de bronca). Nós humanos somos assim. Às vezes nos aborrecemos com a lógica da natureza. E o galo, desanima? Nada como um dia após o outro...”, conta o autor João Proteti.

Natural de Andradina e atualmente morando em Campinas, Proteti também é autor, entre outros trabalhos, de "As casas do caramujo", "A borboleta sapeca" e "Umbigo", todos em linguagem Braille. 

Já o ilustrador André Ceolin nasceu em São Paulo e hoje vive em Paulínia. Entre outros livros, também é responsável pelas ilustrações de "O Pinguim da geladeira" e "A Formiga e a mosca" (ambos da Fundação Educar), além de diversos livros didáticos.

Estímulo à leitura e à inclusão

“O objetivo de Apito apitô, pito pito é despertar nas crianças o gosto pela leitura e também pela escrita, além de fazê-las pensar, refletir, respeitar a natureza e divertirem-se”, explica Silvia Track, da Track&Marketing Comunicação e Eventos, de Campinas, responsável pelo projeto “Bichos do Coração” (Pronac 107191) para a publicação do livro. A empresa atua desde 2005 na formatação, realização e captação de recursos de projetos culturais e esportivos através de mecanismos de incentivo.

Para o presidente Marcelo Bulman, da Merial Brasil, o apoio cultural ao projeto está em consonância com o comprometimento da empresa e de seus colaboradores com as mais diferentes questões que afetam a sociedade.

A Secretária de Educação de Paulínia, Maria Estela Sigrist Betini, ressalta o papel da obra não só para disseminar entre as crianças o prazer do hábito da leitura, mas também por assegurar a estudantes com deficiência visual o acesso ao seu conteúdo, graças ao recurso da impressão em Braille.

Sobre a Pró-Visão

Fundada há 30 anos pela professora Teresinha de Arruda Serra von Zuben, a Pró-Visão é uma entidade sem fins lucrativos que atende hoje, de forma regular e gratuitamente, cerca de 60 crianças de Campinas e de municípios vizinhos, a maioria proveniente de famílias carentes, além de adolescentes, adultos e idosos cegos ou com baixa visão.

O trabalho especializado desenvolvido pela instituição compreende projetos de inclusão digital, alfabetização em Braille, estimulação sensório-motora, e atividades referentes à alimentação, higiene pessoal, saúde, ao vestuário e ao esporte, entre outras, por meio de uma equipe profissional multidisciplinar.



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